Domingo, Dezembro 12

Proposta

Mão naquilo, aquilo na mão. Os beijos, molhados e ardentes. Gemidos fortes e suspiros de prazer. O ato era praticamente inevitável. Após seis meses de namoro, Rosane e Oswaldo estavam prestes a consumar, carnalmente, aquela relação tão respeitosa entre os dois. Afinal, Oswaldo não conseguia esquecer as doces palavras do sogro “Eu mato o canalha que fizer mal à minha filha, eu mato!”. Aquela frase ecoava a todo o instante em sua memória.

Mas, de repente, Oswaldo percebera que haviam chegado a um beco sem saída. Transarem, naquele momento, era a única saída. Sôfrega, Rosane desvencilhava-se de sua blusa, exibindo o sutiã rendado que comportavam seus seios firmes e médios. O namorado suava frio. Olhava para o colo desnudo da amada e ouvia a frase do velho ecoando novamente. Ela, fogosa, atacava sem dó nem piedade.

Oswaldo, então, pegou-a pelos ombros, olhou firmemente em seus olhos e disse com volúpia “Rosane, que tal procrastinarmos?” A garota foi pega de surpresa. Nunca haviam lhe pedido isso antes. Sim, já haviam feito mal a ela. E há muito tempo. “Jura que você quer isso?” retrucou. Ele balançou a cabeça resoluto. “Tudo bem, mas se doer você pára, tá bom?” Nem bem terminou a frase, Rosane já se ajeitava no sofá esperando pela aproximação do namorado. Longos segundos se passaram e cansada de fitar a parede da sala, ela virou-se pra ver o porquê da demora. Perplexa, só viu o vulto de Oswaldo afivelando o cinto e saindo da sala escura pela porta que dava para a rua.