Sexta-feira, Dezembro 3

Dia seguinte

Desesperado, levantou correndo. Cegado pela escuridão, foi barrado pela parede. Tateou à procura de um caminho. Um fiapo de luz é avistado. Ainda tonto pelo encontrão imprevisto, segue o caminho guiado pelo facho. Finalmente encontra a saída. Angustiado e catatônico, abre a porta em desespero. Era um abismo. Cai por longos segundos. Primeiro a aflição. Depois, o torpor. Larga-se na queda. Inesperadamente, mergulha num gigantesco tanque com um liquido gelado. Há muita espuma por lá. Bolhas de gases vindas do fundo massageiam seu corpo. Apesar do frio, a sensação é boa. O aroma do tal liquido e a cor dourada o atraem. Sorve um pouco. Dá um segundo gole. Maior. Instintivamente, continua a beber. Dorme boiando.

O despertador toca incessantemente. Acordar é inevitável. O difícil era sair da cama. Não tinha forças para levantar a cabeça que, naquele momento, tinha o tamanho do tanque em que havia caído.